TRABLHO EM
CASA: UMA REALIDADE
SÃO PAULO - O Brasil encerrou o último ano com 23
milhões de e-consumidores. O número é expressivo, mas tende a crescer a ainda
mais nos próximos anos.
Com o potencial aumento do acesso à banda larga e
a popularização de smartphones que se conectam a internet, mais e mais
brasileiros devem recorrer à praticidade da internet para atender suas
necessidades do dia-a-dia.
Para os empreendedores, isso significa
oportunidade. Quem souber detectar as tendências e oferecer o que os
consumidores estão procurando, poderá se dar muito bem.
Com a ajuda de três especialistas - Gerson Rolim,
da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico; Pedro Zanni, da Business School
São Paulo; e Marcos Hashimoto, do Centro de Empreendedorismo do Insper -
identificamos áreas com potencial de crescimento e oportunidades para novos
negócios na internet. Confira:
1- E-COMMERCE PERSONALIZADO
Com a oferta de serviços de hospedagem que podem
ser contratados sob demanda a custos acessíveis, as lojas virtuais tendem a se
tornar ainda mais populares. O segredo para não bater de frente com gigantes
como o Submarino e a Americanas.com é investir em nichos bastante específicos.
É o caso da
Café Store,
especializada na venda de café e utensílios para preparar e servir a bebida
pela internet. Oferecendo um mix de produto diferenciado e alto padrão de
serviço, quem apostar na segmentação tende a conquistar uma clientela fiel.
A mesma regra vale para os sites de compras
coletivas. O momento para investir no grande público já passou, uma vez que há
mais de mil sites do tipo operando no país. Mas quem conseguir encontrar um
filão negligenciado pelas ofertas gerais, pode garantir a sobrevivência do seu
negócio.
2- SERVIÇOS OFFLINE
A venda de serviços através da internet é outra
área promissora. A febre das compras coletivas ajudou a educar o consumidor
brasileiro a comprar na internet serviços que vai utilizar fora dela - como
refeições, massagens, tratamentos estéticos e etc.
A mudança de comportamento abre espaço para que
outros bens "imateriais", como seguros e crédito, sejam comprados
pela internet. E não precisa ser o próprio prestador o responsável por levar os
serviços para a web.
Na Inglaterra, por exemplo, as plataformas de
comparação de preços de seguros na internet, como Go Compare, Compare the Market
e Money Supermarket constituem um modelo de
sucesso.
3- SERVIÇOS BASEADOS EM REDES SOCIAIS
Cada vez mais as redes sociais se configuram como
porta de entrada para o internauta na web. É partir de sites como Facebook e Twitter que
ele interage com amigos, troca mensagens, agenda compromissos, joga e lê
notícias, entre outras coisas. Por isso, a migração de serviços para dentro das
redes sociais é uma forte tendência a ser explorada.
Um exemplo brasileiro é a ferramenta Rsvpbook, que
permite que o internauta faça reservas em restaurantes e bares a partir do
Facebook.
A integração do e-commerce a esses plataformas
também vem ganhando força. Um exemplo é o site de compras coletivas Clube do Desconto,
que já permite que os clientes façam compras diretamente a partir da sua página
na rede social.
4- LIVROS ELETRÔNICOS
Os e-books, como o Kindle, e os tablets estão
fomentando o crescimento do mercado livros eletrônicos. Embora os grandes
varejistas virtuais já estejam de olho neste mercado, há espaço para as
pequenas empresas que forem ágeis e criativas para investir no setor.
A Alphagraphics, por exemplo, criou a loja
virtual agbook, que permite a qualquer autor publicar um
livro online e decidir quanto ele vai custar. Ele fica disponível na plataforma
para ser impresso sob demanda quando o comprador fechar o pedido. O Clube de Autores
oferece um serviço similar a autores e leitores.
5- E-LEARNING
O modelo de educação a distância já é
tradicionalmente explorado na oferta de cursos profissionalizantes, de
graduação e até pós-graduação, mas há espaço para opções mais criativas, como
aulas de culinária, maquiagem e até ginástica. Nos Estados Unidos, sites como o Gymamerica já
oferecem programas virtuais de treinamento, com instruções para exercícios e
dietas personalizadas.
Com a ajuda de uma webcam, é possível até receber
feedbacks do professor virtual. O modelo pode ser aplicado a diversas
modalidades de cursos. No Brasil, o Descomplica utiliza a tecnologia para dar aulas
de preparação para o vestibular.
6- GEOLOCALIZAÇÃO
Com a popularização dos smartphones, cada vez
mais os usuários tornam-se rastreáveis a partir de seus dispositivos móveis.
Ferramentas como o Foursqaure já exploram a geolocalização, permitindo que os
usuários divulguem onde estão por meio de redes sociais como o Facebook e o Twitter.
Quem souber explorar este recurso para oferecer
produtos e serviços personalizados de acordo com a localização e padrão de
movimentação dos usuários tende se dar bem. Um exemplo é a americana Zipcar, que
oferece serviço de compartilhamento de veículos e usa a tecnologia para
possibilibilar que o usuário rastreie o carro mais próximo disponível através
de um celular conectado à internet.
7- LEILÕES ONLINE
Com pouca regulamentação no país, sites de
leilões, como o Olho no Click se multiplicam. São plataformas que
oferecem desde eletrônicos até apartamentos, tudo a preços muito baixos. A
ideia é manter o leilão em um patamar bem inferior ao preço do bem - a
plataforma lucra com os créditos comprados para que o usuário possa dar lances.
O modelo principal é o site alemão Swoopo. Embora
não esteja esgotado, como o mercado de compras coletivas, o segmento requer
cuidados, já que há muita gente de olho no modelo. A dica para quem quer se dar
bem é ter bons fornecedores para ofertar produtos atrativos aos usuários.
Fonte:http://info.abril.com.br/noticias/mercado/7-tendencias-para-novos-negocios-na-internet-06042011-3.shl
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